21/05/2008

Soros em Londres: crise ainda vai piorar

Pouco mais de um mês depois de lançar seu novo livro nos Estados Unidos, o megainvestidor George Soros está em Londres para a divulgação da publicação no Reino Unido. Seus temores de que o pior da crise da crédito ainda está por vir continuam firmes. Afinal, foi ele quem afirmou que esta é a maior crise desde 1929.

Em entrevista hoje no canal de notícias da Sky, Soros alertou mais uma vez para uma intensa queda de preços nos imóveis nos Estados Unidos e para mais perdas no preço dos ativos. Ele vê problemas no mercado imobiliário no Reino Unido também, embora em níveis bem menores.

Dizendo que rema contra a maré das previsões do mercado - considerando as últimas altas das bolsas mundiais -, Soros diz que, se sua expectativa estiver errada, vai pagar com sua reputação e com seu bolso, já que está aplicando no mercado considerando este cenário traçado.

Bom, ele pode até perder dinheiro se suas previsões nao se confirmarem, mas pelo menos já vai acumular mais algum com as vendas do novo livro. Para comemorar o lançamento do "The New Paradigm for Financial Markets: The Credit Crisis of 2008 and What It Means" (O novo paradigma dos mercados financeiros: a crise do credito de 2008 e o que ela significa) no Reino Unido, ele dará uma palestra hoje na London School of Economics and Political Science (LSE), a primeira da instituição que será transmitida ao vivo pela internet. Será às 17h daqui (13h no horário de Brasilia). Para assistir, entre no site da LSE (www.lse.ac.uk). Se perder a transmissão ao vivo, não se preocupe porque a LSE disponibiliza podcasts com as palestras depois.

Por aqui, Soros tambem é conhecido por suas estripulias para ganhar dinheiro no mercado. Nos anos 90, apostou contra a libra e acabou ganhando um milhão de libras quando a desvalorização da moeda da rainha se confirmou.

03/05/2008

Londres conservadora

Os conservadores tomaram Londres. A vitória de Boris Jonhson, do Partido Conservador, significará o fim de oito anos do prefeito Ken Livingstone na prefeitura de Londres. Mais do que o futuro da capital, no entanto, o que está em jogo é o futuro do Partido Trabalhista no Reino Unido, já que o partido foi o grande derrotado das eleições. Sinal de grandes emoções na política britânica nos próximos meses.

Acostumada com toda a parafernália das eleições no Brasil - eleições no domingo, com feriado, bandeiras nas ruas, meses de preparação com propaganda gratuita na TV e no rádio e, o mais importante, voto obrigatório -, estranhei o movimento no dia 1 de maio (e nos meses anteriores também).

Não há horário eleitoral gratuito, nem anúncios na TV, nem anúncios nas ruas, nem distribuição de panfletos. Os anúncios que existem são para incentivar as pessoas a votar, já que elas não são obrigadas. A campanha é feita principalmente pela mídia. O máximo que vi foi um planfleto do candidato Ken na minha portaria e algumas pessoas distribuindo panfletos no dia da eleição.

Certamente uma experiência diferente.

Sumiço

Peço desculpas se alguém esteve aqui nas últimas semanas e não encontrou nada novo, mas estive totalmente dedicada aos trabalhos de fim de período. Como o mestrado é minha prioridade aqui, infelizmente outras atividades ficaram de lado.

Algumas idéias de posts ficaram apenas na cabeça. A visita do príncipe William ao Afeganistão - uma semana depois que uma visita dele à ilha da namorada com helicóptero da Aeronáutica daqui foi divulgado pela imprensa -, um casal trocando alianças que tinha acabado de receber na agência do Correio, um novo bar que conheci com um cardápio só de grão de bico e uma visita sensacional a Stonehenge, construído três mil anos antes de Cristo.

Algumas ainda podem aparecer por aqui, outras ficarão perdidas ao vento.

Mas estou de volta.