Conheci de perto o trabalho da instituição em outubro, ao fazer uma entrevista com o diretor de Políticas e Relações com Produtores, Chris Davis, para uma matéria do Jornal do Commercio sobre a responsabilidade social aqui no Reino Unido. Para ter direito ao uso da marca, o produtor deve respeitar exigências como o uso de práticas democráticas na tomada de decisões e o compromisso com o desenvolvimento de sua comunidade. Já o comprador deve fechar um contrato de longo prazo – que permite o planejamento do produtor – e adiantar recursos para o início da produção.
Além de um preço mínimo estabelecido para cada produto (que protege o produtor das altas e baixas nos preços das commodities no mercado internacional), o comprador paga um valor a mais (o chamado prêmio social) para a realização de projetos na comunidades.
Atualmente, mais de 3.500 diferentes produtos ostentam a marca no Reino Unido, um crescimento expressivo diante dos 150 itens presentes no mercado em 2003. As vendas crescem em média 40% ao ano. Banana, chá, café e chocolate são alguns dos itens mais famosos, mas hoje já ostentam a marca outros produtos como roupas de algodão, vinho e até refrigerante cola.
Um ônibus vai circular pelas principais cidades britânicas nos próximos dias para ampliar o conhecimento sobre a marca e incentivar o consumo de produtos que garantem bons negócios para os produtores. A lógica do projeto é que cada um pode fazer sua parte ao consumir os produtos fairtrade e o objetivo é conquistar resultados ainda maiores com uma participação mais forte da população.
Mas um dos momentos mais engraçados de hoje ficou por conta de atores vestidos de bananas, responsáveis por entreter os visitantes. A fantasia era genial e as esquetes foram super divertidas. Para se ter uma idéia da força das bananas fairtrade por aqui, 100% das bananas vendidas pelas grandes redes de supermercado no Reino Unido são certificadas com a marca fairtrade.