As camisas amarelas nas vitrines das lojas de esporte de Londres anunciavam a partida, mas hoje poucos sites ingleses deram atenção ao jogo. O ibope da visita do presidente francês Sarkozy e sua primeira-dama Carla Bruni ao Reino Unido e do jogo da Inglaterra e da França em Paris estava bem maior.
Quem me conhece sabe que não entendo quase nada de futebol (e estou correndo um sério risco ao falar do tema aqui), mas curto a experiência. A falta de Kaká e Ronaldinho Gaúcho em campo já não dava bons sinais e só posso dizer que o jogo foi morno. Não dá pra fugir da sensação de que a partida foi salva da monotonia pelo gol do Pato.
Hoje, o estádio mais parecia um Maracanã lotado. Muita cantoria, berros, cornetas e as famosas holas deram um ar mais brasileiro ao Emirates. Teve o lado ruim também: gente sacudindo bandeiras impedindo a visão dos que estavam atrás e gente batucando nas cadeiras e nas paredes do estádio.
Aliás, uma coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de bandeiras e camisas de times brasileiros (Corínthias, São Paulo, Grêmio, Flamengo, Vasco, Fluminense e até do Vitória da Bahia). Não entendo muito a lógica: torcer pelo Brasil e pelo time têm o mesmo significado?
Outra coisa: a onda amarela (que também tinha alguns representantes da Suécia, claro, mas quantidade bem menor que a dos brasileiros) mais uma vez confirmou a sensação que qualquer um tem por aqui: Londres está repleta de brasileiros. Não é possível privacidade alguma ao falar português no metrô, por exemplo.
Apenas algumas pérolas do que ouvi há pouco:
- "Estou aqui no estádio, o Brasil vai jogar com a Suíça (sic) e eu vou aparecer na Globo" (brasileiro falando no celular)
- "O Anderson está comendo muito breakfast inglês, por isso que está lento"
- "O Ronaldo está aposentado?" (pergunta de um inglês)