07/03/2008

Principe Harry e a imagem do Exercito Britanico no Afeganistao

Enrolada com os trabalhos do mestrado, nem comentei aqui a volta do principe Harry das operacoes do Exercito Britanico no Afeganistao e ja tinha ate desistido de falar da historia. Ao participar de uma palestra ontem, no entanto, acabei mudando de ideia.

O principe que adora a noite e ja chegou a se vestir com um uniforme nazista em uma festa a fantasia (com um pedido formal de desculpas depois, que nao chegou a apagar o episodio, claro) passou 10 semanas servindo no Afeganistao depois de ser impedido de ir para o Iraque no ano passado. Para garantir a seguranca das tropas (ja que ele seria um alvo mais do que desejado), a operacao foi mantida em segredo atraves de um acordo com a midia britanica, furado por um site americano.

Algumas semanas servindo ao pais em meio ao perigo certamente fizeram bem `a imagem do principe, cuja foto foi presenca garantida durante dias nos sites, jornais e televisao daqui. O principe Charles e o principe William foram rapidos em divulgar o quao orgulhosos estavam da coragem e do trabalho prestado pelo filho e irmao.

Mas a avaliacao do professor de Midia e Comunicacao da London South Bank University Philip Hammond, que acaba de lancar o livro 'Media, War and Postmodernity', e' de que mais do que uma campanha para melhorar a imagem do principe, sua ida para o Afeganistao faz parte de uma estrategia mais ampla para tentar tornar mais popular a operacao do Exercito Britanico no Afeganistao, que ja dura mais de seis anos e nao tem nenhuma previsao para terminar. Segundo ele, atualmente ha uma preocupacao maior em como o conflito esta sendo representado pela midia do que com o conflito em si.

Seu estudo se desenvolve na linha de como as guerras viraram um espetaculo da midia e uma tentativa de busca de sentido na pos-modernidade. Embora o debate do livro seja interessante, confesso que esperava mais, j'a que vejo pouca diferenca em relacao a outros estudos desenvolvidos logo depois da guerra no Iraque de 1991 (h'a mais de 15 anos!), como o do frances Jean Baudrillard.

OBS: Desculpem a falta de acentos deste teclado...

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei bem interessante. Até porque, vamos combinar, não vão mandar o Harry nunca para um frente de batalha cascuda. Aposto que ele devia estar na Disneylândia do Afeganistão!! :-)) beijos

Ana Paula Cardoso disse...

Bem, eu acho o Harry um gato. Prefreia que el estivesse ajudando o Bope a cabar com o tráfico nas favelas do Rio...aí eu teria uma chance de encontrá-lo nas baladas do Rio e tentaria fazer um filho com ele, no melhor estilo Luciana Gimenez, he he he
Brincadeiras à parte, foi muita "ingenuidade" achar que não vazaria a informação da presença dele o meio das tropas inglesas no Afeganistão, não é não?