09/11/2007

Papoulas vermelhas e o Iraque

De um dia para o outro papoulas vermelhas começaram a aparecer na lapela dos ingleses. Na televisão, no supermercado, nos pubs. Quase todo mundo ostentava uma pequena flor e confesso que me senti totalmente desinformada por nao ter a minima ideia do que se tratava. Meu primeiro apelo para saciar a curiosidade foi parar um senhor na rua e daí correr para a internet.

O adereco passou a ser usado no mês de novembro em homenagem aos mortos da Primeira Guerra Mundial, que acabou no dia 11 de novembro de 1918. O Dia da Lembrança ou do
Armistício é comemorado no domingo mais próximo do dia 11. As papoulas fazem referência as flores que cresciam nos campos de cereais de Flanders, onde muitos soldados britânicos perderam a vida.
É claro que as homenagens passaram a se estender aos mortos de todos os demais conflitos que o Reino Unido esteve presente desde o século XX, como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra das Falklands (ou das Malvinas, dependendo de quem cita o conflito) e agora a invasão do Iraque.
A guerra é uma realidade muito próxima do país, que sofreu ataques aéreos diários e racionamento de comida durante a Segunda Guerra, por exemplo. A invasão do Iraque e a morte de mais de 170 soldados britanicos desde marco de 2003, no entanto, tornam o tema ainda mais atual.
A participação da Inglaterra na Guerra ao Terror liderada pelos Estados Unidos será certamente a lembrança mais forte na história de mais de uma década do ex-primeiro ministro Tony Blair no poder e a principal razão para a perda de sua popularidade nos últimos anos. Pesquisas mostram que os ingleses consideram que a presença do Reino Unido no Iraque tornou o país mais vulnerável a ataques terroristas como os que ocorreram em 7 de julho de 2005.
Certo da importancia política do tema, o primeiro-ministro Gordon Brown vem se movimentando para reduzir a participação do Reino Unido na ocupação do Iraque. Em setembro, a base que o exército britânico mantinha na cidade de Basra foi devolvida, e em outubro Brown anunciou no Parlamento que até o começo de 2008 deve reduzir o número de soldados britânicos pela metade no Iraque, para cerca de 2.500. Mas a volta de todos os soldados - e uma fase sem conflitos para o país - ainda está longe de se tornar uma realidade.



Um comentário:

Anônimo disse...

ÊEEEEEEEEE!! QUe bom ter você de volta ao blog!! Gostei muito do post mesmo!! Mas afinal, vc aderiu à moda da papoula?? :-)) beijos!